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Reciclagem

quinta, 21 de maio de 2015 às 11h57
Além de um tema bastante atual, a reciclagem é uma das bases para uma sociedade sustentável. É um assunto que deve continuar sendo incentivado por autoridades, receber investimento de empresas e ser levado de forma séria por nós, consumidores. Afinal, todos os produtos têm um ciclo de vida e, chegando ao final dele, um novo processo se inicia.

Todo o processo de reciclagem gera, além de uma evolução na maneira como nos comportamos em nosso dia-a-dia, oportunidades de inclusão social e renda. Aproximadamente 15 mil empregos já foram criados, e mais de 600 cooperativas estão em operação no País para atender esta questão urgente. Todos os dias, são geradas mais de 160 mil toneladas de resíduos sólidos urbanos no Brasil – de acordo com o CEMPRE – Compromisso Empresarial para Reciclagem.

Além de frentes como coleta seletiva e seus agentes – catadores e cooperativas –, a implementação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) no Brasil, sancionada em 2010, também beneficia o processo. A lei é uma importante aliada na fiscalização e consolidação de atitudes cotidianas de indústrias e consumidores em relação aos resíduos de todos os tipos, como embalagens e restos orgânicos.
Desta forma, todos terão a compreensão da responsabilidade compartilhada – entre as empresas, o governo e a população – e poderão atuar de forma efetiva, e cada vez mais natural.

A população brasileira já vem se conscientizando sobre a importância, para o meio ambiente e para a economia, de se reciclar os diferentes tipos de materiais. Para se ter uma ideia, 13% dos resíduos sólidos urbanos no país passam por processos de reciclagem, inclusive por compostagem, que é o reaproveitamento dos resíduos orgânicos, como restos de comida. Atualmente são reciclados 28% do papel de escritório; 70% do papel ondulado (papelão); 19% dos plásticos, 56% das garrafas PET, 49% das latas de aço, 4% dos resíduos orgânicos; 27% das embalagens longa vida; 92% dos pneus e 98% das latas de alumínio. Esses índices de reciclagem mostram que estamos no caminho certo, levando-se em conta que a criação de uma lei sobre resíduos no Brasil é muito recente, de 2010. Mas é possível ampliar ainda mais essas taxas, praticando a coleta seletiva.

Conheça o panorama da reciclagem no Brasil:
O que é a Coleta Seletiva?
É a coleta realizada após a separação, pelo consumidor, dos resíduos em pelo menos dois tipos: orgânicos (o lixo “úmido”) e recicláveis (o lixo “seco”). O lixo orgânico geralmente é destinado a aterros sanitários, e, em menor escala, a usinas de compostagem, que o transformam em adubo orgânico. O material reciclável (como papéis, plásticos, metais, vidros e embalagens longa vida) pode ser recolhido pela prefeitura, por meio do serviço público de coleta seletiva – atualmente apenas 14% das cidades no país oferecem o serviço. Cooperativas e catadores de rua também podem coletar esses resíduos. Outra opção para o consumidor é destinar o material reciclável em postos de entrega voluntária, que podem ser mantidos por prefeituras ou empresas privadas, como indústrias ou lojas varejistas.

Qual o papel dos catadores de materiais recicláveis?
Os catadores de materiais recicláveis são verdadeiros agentes e parceiros na promoção da reciclagem, pois têm ajudado o país a alcançar elevados índices de triagem de alguns materiais, antes mesmo da lei nacional de resíduos ser sancionada, em 2010. Eles impulsionam a coleta seletiva em municípios onde o poder público não oferece esse serviço, fornecem matéria-prima para as indústrias recicladoras, ajudam a prolongar a vida útil dos aterros sanitários e a reduzir a demanda por recursos naturais. O papel dos catadores se tornou tão relevante na gestão dos resíduos que, ao ser formulada, a lei buscou a inclusão formal do trabalho dessas pessoas na cadeia produtiva da reciclagem.

O que é um PEV?
Os PEVs (pontos de entrega voluntária) ou LEVs (locais de entrega voluntária) são uma alternativa para as pessoas que realizam a separação de materiais recicláveis mas não recebem o serviço de coleta seletiva em suas residências.
São mantidos pelas prefeituras ou pela iniciativa privada e estão instalados em áreas públicas (praças, escolas, centros urbanos) e também em alguns supermercados.
A forma mais eficiente de descobrir se existem pontos como este por perto é consultando as subprefeituras dos bairros e também os supermercados.

Para onde vão os resíduos após a coleta e a triagem?
Após a triagem e preparação dos recicláveis, as cooperativas negociam a venda dos materiais diretamente com as indústrias recicladoras ou por meio de intermediários – os chamados aparistas. Dentro das indústrias, cada tipo de material recebe o tratamento adequado para a recuperação de seus elementos, que voltam a ser utilizados na fabricação de novos produtos. E assim o ciclo recomeça.

Veja exemplos do que pode e o que não pode ser reciclado:

Vidros
Reciclável: copos, potes de produtos variados, garrafas, cacos.
Não-reciclável: vidros usados em automóveis e na construção civil, espelhos, ampolas de medicamentos, a maioria das lâmpadas, cerâmica, porcelana.
Dica: vidros quebrados devem ser enrolados em papel grosso antes do descarte.

Metais
Reciclável: latas de alumínio e de aço, aerossol, papel alumínio, arames, ferragens.
Não-reciclável: esponjas de aço, clipes, grampo de papel, pregos, lâminas de barbear, latas de tinta.
Dica: Embalagens em aerossol são recicláveis, mas é importante retirar todo o gás antes de enviá-las para coleta para evitar o risco de explosão.

Papéis
Reciclável: jornais, revistas, aparas de papel, cartões, envelopes, caixas de papelão, listas telefônicas, embalagens longa vida e de papel cartão.
Não-reciclável: adesivos, etiquetas, fita adesiva, fotografias, papel toalha, guardanapo, papel higiênico, papel de fax, papel vegetal, papel celofane, bitucas de cigarro, fraldas descartáveis e absorventes femininos.
Dica: desmonte as caixas de papelão para diminuir o volume.

Plásticos
Reciclável: sacolas, embalagens de produtos variados, garrafas PET, canos e tubos de PVC, copinhos, brinquedos, isopor, baldes.
Não-reciclável: tomadas, espuma, filme plástico.
Dica: para reduzir o volume do lixo, amasse as garrafas PET antes do envio para reciclagem.

Resíduos especiais
Pilhas, baterias, lâmpadas, pneus e aparelhos eletrônicos devem ser tratados como resíduos especiais e dispostos em local adequado. Algumas lojas e supermercados possuem postos de coleta específicos para estes itens.

Fonte: http://www.eupensomeioambiente.com.br

 

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