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Nem tudo que se joga fora é lixo

quarta, 20 de maio de 2015 às 15h37
Você sabia que o Brasil produz diariamente 228 toneladas de resíduos?

Será que muito desses resíduos que são descartados como lixo poderiam assumir outra função? E se eles fossem reaproveitados?

Há quem diga que o volume gerado de lixo está intimamente ligado à crescente demanda por bens de consumo: eletroeletrônicos, televisão, geladeira, fogão, roupas, alimentos, automóveis, enfim produtos que nem sempre foram desenvolvidos para durar e assim, o descarte se faz “necessário” e a compra por um novo é a “única solução”.

Dessa forma, quem acaba “absorvendo” esse passivo é a natureza que recebe esses materiais descartados, sendo que muitos são compostos por peças com lenta decomposição ou ainda àqueles com alto índice tóxico. Nesse caso, o solo e a qualidade da água são impactados e ficam comprometidos.

Mas afinal, qual a diferença entre lixo e resíduo sólido?

Lixo é definido como “restos das atividades humanas, considerados pelos geradores como inúteis, indesejáveis ou descartáveis, podendo se apresentar no estado sólido e líquido, desde que não seja passível de tratamento.” (ABNT).

Já o resíduo sólido, é “todo material nos estado sólido que resulta da atividade da comunidade de origem industrial, doméstica, comercial, de serviços ou agrícola.” (ABNT). Esses, se manejados adequadamente, adquirem valor comercial e podem ser utilizados como novas matérias primas, poupando o uso de recursos naturais.

O resíduo sólido quando descartado em lixo convencional continua existindo na natureza. Isso porque são compostos por materiais que demoram a se decompor. Daí, a importância e urgência em analisar as possibilidades de reintroduzi-los nas cadeias produtivas de novos itens ou ainda pensar em aumentar o seu ciclo de vida.

Saiba o tempo de decomposição de alguns resíduos sólidos:

Lata de aço                                                                     50 anos
Garrafa plástica                                                              450 anos
Copo plástico                                                                  50 anos
Lixo radioativo (ex: máquinas de RX)                        250 mil anos
Caixa de papelão                                                           2 meses
Lata de alumínio                                                             200 anos
Madeira pintada                                                             13 anos
Jornal                                                                                6 meses
Vidro                                                                                  indeterminado

O melhor dos mundos seria a “não geração de resíduo”, mas diante das necessidades de consumo, a reciclagem surge como principal alternativa de reaproveitamento de materiais que iriam para os aterros sanitários, podendo comprometer assim, o solo e qualidade da água.

Pense nisso! Os “erres” que aumentam os ciclos dos produtos

Repensar: Está ligado ao processo de reflexão durante o processo de aquisição de um produto. “Será que eu realmente preciso disso?”;

Recusar: Esforço de recusar uma oferta, não consumir sem necessidade;

Reduzir: Consumir consciente, sem exageros;

Reparar: Avaliar se o produto pode ser consertado ao invés de ser descartado;

Reutilizar: Antes de descartar, verificar se o material pode ser usado para outra funcionalidade;


Coleta Seletiva no Brasil

Apenas 32,3% das cidades brasileiras possuem programa de coleta seletiva. É o que revelou a Pesquisa sobre os Perfis dos Municípios Brasileiros realizada pelo IBGE em 2011.

Ainda segundo a Pesquisa, no Brasil os catadores somam 600 mil trabalhando ativamente na coleta seletiva. Desses, apenas 30 mil desempenham a função de maneira formalizada em uma das 1.175 cooperativas ou associações de catadores.


Papel do Consumidor

O consumidor tem um papel importante no processo de reciclagem, ele pode avaliar a real necessidade de se adquirir um bem e usando o seu poder de escolha, optar por produtos com menos embalagens, por exemplo. E, no momento de descartá-lo pode se informar se o seu bairro conta com coleta seletiva ou ainda possua cooperativas de catadores.

Que tal começar a tratar o lixo de ontem como o resíduo de hoje?!

Fonte: http://www.eupensomeioambiente.com.br

 

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