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Cientistas encontram rio subterrâneo embaixo do Amazonas

quinta, 30 de outubro de 2014 às 16h53
Cientistas descobriram um rio subterrâneo sob o Amazonas, fluindo quilômetros abaixo da superfície. Eles detectaram o rio depois de analisarem dados de 241 poços que a petrolífera Petrobras perfurou na região amazônica na década de 1970 e 1980.
O rio foi nomeado (embora não oficialmente) Hamza por cientistas do Observatório Nacional brasileiro, em homenagem a seu colega, o geofísico Valiya Hamza.
Assinaturas térmicas das águas subterrâneas sugerem que Hamza flui do oeste para o leste, assim como o próprio rio Amazonas, com exceção de estar em uma profundidade de cerca de 4.000 metros abaixo da superfície da Terra.
Simulações de computador indicam que a uma profundidade de cerca de 600 metros, o rio flui verticalmente.
Muito menos água flui no Hamza do que no Amazonas; cerca de 3.900 metros cúbicos por segundo no Hamza, contra cerca de 133.000 metros cúbicos por segundo no Amazonas.
A água também se move mais lentamente pelo Hamza, com velocidades de cerca de 10 a 100 metros por ano, ao contrário das velocidades rápidas do Amazonas de cerca de 6 a 120 metros por hora.
Ainda assim, o Hamza é quase tão longo (6.000 quilômetros) quanto o Amazonas (6.100 quilômetros). O Hamza também é muito mais amplo, com cerca de 200 a 400 quilômetros de largura, em comparação com a largura do Amazonas, de cerca de 1 a 100 quilômetros.
O Hamza pode não ser o único rio subterrâneo. “É possível que sistemas de rio subterrâneo de tipo semelhante existam em outras partes da Terra”, disse Valiya Hamza.
“Em conjunto, os resultados revelam que há três tipos de sistemas de rios na região amazônica”, explica Hamza. Além dos bem conhecidos rio Amazonas e seus afluentes, há “rios atmosféricos”, onde grandes quantidades de vapor de água fluem através do ar local e, agora, este sistema de rio subterrâneo.
Conhecer os três tipos ajuda os cientistas a entender melhor a quantidade total de água disponível na região amazônica, que é um fator crítico para investigar a vida lá.

Fonte: http://www.portaldomeioambiente.org.br/

 

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